v. 1 n. 1 (2010): 1ª Edição
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O MUNDO: VONTADE E REPRESENTAÇÃO SEGUNDO ARTHUR SCHOPENHAUER

Publicado 2010-04-13

Resumo

RESUMO
O presente artigo constitui-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica a cerca da
natureza do sofrimento na vida do homem e as formas de libertação deste segundo
o pensamento do filósofo voluntarista Arthur Schopenhauer. No intuito de demonstrar
o caráter irracional do sofrimento e de provocar uma releitura sobre o tema segundo
o filósofo já mencionado elucidando a possibilidade da felicidade, este trabalho
apóia-se sobre os escritos do próprio autor e de alguns comentaristas, portanto o
trabalho foi efetivado como um diálogo com o filósofo sobre sua teoria, uma análise
bibliográfica do mesmo. O mundo é dividido em duas realidades: a numênica, a
coisa em si, uma força cega, denominada Vontade; e a fenomênica, as
representações subjetivas realizadas pelo sujeito cognoscente. A realidade
numênica, a Vontade, provoca nos humanos um ciclo de desejos jamais saciados. O
homem é, pois, impedido de ser feliz. Entretanto, um estado de beatitude pode ser
alcançado desde que subjuguemos a Vontade ao conhecimento por meio da
contemplação estética, que abstrai o homem momentaneamente do sofrimento; da
compaixão, que faz desaparecer as formas individuais fazendo o homem
compreender o outro como a si; e, finalmente, da ascese, que mortifica
definitivamente a Vontade suprimindo os desejos materiais e corporais. Portanto, há
uma vida beata que é alcançada pelos caminhos estético, ético e ascético, fato que
este artigo quer fundamentar: há uma maneira de viver melhor.
Palavras-chave: Mundo. Vontade. Representação. Influência. Metafísica.