v. 2 n. 2 (2011): 2ª Edição
Artigos

ARTHUR SCHOPENHAUER: POR SUA VIDA, UM PESSIMISTA

Publicado 2023-05-24

Palavras-chave

  • Schopenhauer.,
  • História.,
  • Vida.,
  • Realidade,
  • Miserável.,
  • Pessimismo
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Resumo

RESUMO
O presente artigo constitui-se e uma pesquisa teórica bibliográfica de cunho
eminentemente histórico. Constitui parte de nossa dissertação de mestrado. O
seu principal objetivo é demonstrar o caráter vivencial da filosofia de Arthur
Schopenhauer. Talvez este tenha sido o filósofo que mais claramente
conseguiu transcrever a realidade na qual estava inserido e transformar isto em
sistema filosófico. O procedimento básico adotado na elaboração do estudo foi
a catalogação de dados e curiosidade históricas coletadas da bibliografia
disponível em língua portuguesa sobre o assunto. Um contemporâneo do
filósofo afirmou que a filosofia schopenhaueriana não é um sistema compilado
de outras filosofias, mas um reflexo de sua própria vida, a projeção do seu
caráter. O que o torna num filósofo no sentido estóico do termo, ou seja,
alguém para o qual a filosofia é a causa de seu próprio coração. Sendo, sob
esta ótica, mais filósofo com a vida do que com os próprios argumentos.
Schopenhauer, ao efetuar suas diversas viagens pela Europa, ficou
impressionado com o caos e a sujeira das aldeias, a miserável pobreza dos
agricultores, a inquietação e miséria das cidades. Constata que nunca a vida
parecera tão desprovida de significado ou tão miserável. A observação desta
realidade levou o nosso filósofo a crer que o mundo é sofrimento e que a
alegria é constituída por momentos passageiros, fundando assim a corrente
filosófica doravante denominada pessimismo metafísico. É essa a principal
descoberta que este estudo pretende chegar, ou seja, à constatação de que a
vida perturbada do filósofo é influente na proposição de sua filosofia.