A Guerra e a (Des)Construção da Filosofia: considerações sobre o conceito de justiça no pensamento de Emmanuel Levinas
Resumen
Resumo:
Partindo da preocupação com a justiça face à guerra, Emmanuel Levinas, filósofo
judeu, se lança a pensar o problema contemporâneo da violência e, ao mesmo
tempo, insere-se no movimento de des-construção da filosofia presente no século
XX. Ele expõe uma desconfiança na potência da filosofia, assim como em suas
grandes conquistas como a síntese, o conceito, o sistema, a objetividade e, enfim, a
abrangência do “processo de totalização”. Ao mesmo tempo, lança uma acusação a
esta estrutura como uma “filosofia do poder e da violência”. Aponta para uma
reconstrução da racionalidade a começar de fora do projeto ocidental, como lugar
grego do pensar que havia se mostrado fatigado na realidade cruel do século XX. O
objetivo desta pesquisa é compreender a desconstrução e reconstrução da
racionalidade presente no pensamento de Levinas e com isso recolocar a pergunta
pelo papel da filosofia em face dos desafios do mundo atual. Em face a violência, a
questão da justiça torna-se, para Levinas, a questão privilegiada da Filosofia.